Efeito Magnus
Borges e Nicolau
Heinrich Gustav Magnus (1802-1870), físico e químico alemão. Realizou vários estudos em Física e Química. Foi ele quem explicou a trajetória curva descrita por uma bola quando lançada com movimento roto-translatório. É o efeito Magnus.
Observe na figura o ar passando por uma bola que se desloca sem rotação.
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Imagine agora a bola realizando somente um movimento de rotação. Ela arrasta o ar ao seu redor.
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Considerando a bola transladando e ao mesmo tempo girando, concluímos que na parte inferior o ar desloca-se com velocidade maior do que na parte superior. Uma propriedade dos fluidos, denominada efeito Bernoulli, afirma que “onde a velocidade é maior, a pressão é menor”. Assim, a pressão do ar é maior na parte superior da bola do que na inferior. Nestas condições, surge uma força que empurra a bola para baixo, representada no gráfico pela seta vermelha.
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No futebol são comuns cobranças de falta em que o jogador “dá um efeito” na bola que descreve uma trajetória inesperada. Assim, por exemplo, a curva da bola chutada por Roberto Carlos (veja vídeo abaixo) pode ser explicada pelo efeito Magnus. Jogadores de futebol são mestres em fazer uso empírico dessa particularidade interativa que a Física explica racionalmente. Sem a precisa aplicação do Efeito Magnus o Brasil não teria vencido seu primeiro título mundial na Suécia, em 1958. Nas eliminatórias o passaporte foi carimbado pelo gol de falta de Didi, contra o Peru, no Maracanã. A bola tomou tanto efeito que o chute foi batizado de "folha seca". (Fonte:Os fundamentos da Física. Volume 1)
Veja o vídeo do gol de Roberto Carlos aqui
No próximo sábado: Efeito Bernoulli
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