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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

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A necessidade de se reinventar
  
Prof. Nicolau Gilberto Ferraro

2003... Último ano que trabalhei em sala de aula como professor de Física. Minha carga horária era muito grande: cerca de 40 aulas semanais. Embora tenha deixado essa atividade, as classes nunca saíram de mim. Continuei pelos caminhos da Educação... Dedico-me agora a escrever livros didáticos sobre Física, além de ser diretor pedagógico do OBJETIVO NHN, instituição presente em Passos, S. Sebastião do Paraíso e Guaxupé, no Sudoeste de Minas.

No meu tempo como professor, o giz, o quadro negro e a voz eram nossos instrumentos de ensino; ferramentas indispensáveis na comunicação do conteúdo e dos paradigmas de vida. Sempre preparei exaustivamente minhas aulas. Visando comunicar-me com clareza, lembro-me que conversava com professores mais experientes para discutir como determinado assunto poderia ser abordado. A disposição dos pontos principais do conteúdo no quadro negro – essência da matéria – era uma preocupação constante. Até minha letra na lousa era objeto de contínuo aprimoramento. Procurava sempre apresentar cada assunto da forma mais didática, mantendo a aula num andamento agradável. Recordo-me que frequentemente lançava mão até de formas mnemônicas para que os alunos memorizassem os itens mais importantes. Chegava a ser divertido... E o reconhecimento por parte dos estudantes era um grande incentivo e este sempre chegava das mais diversas formas.
                        
Mas, atualmente, fico pensando: com a tecnologia cada vez mais presente em nosso dia a dia, será que hoje eu agradaria às turmas como outrora?

Os jovens, hoje em dia, tão ligados à internet e às ferramentas de comunicação geral, obtendo informações tão rápidas num simples teclar de tablet ou smartphone, teriam disposição de ouvir os ensinamentos de seus mestres, como nos velhos tempos, participando ativamente das aulas?  Seriam esses dispositivos instrumentos tão importantes para a consumação do estudo?  Esses aparatos já estariam inexoravelmente inseridos na rotina das salas de aula? Resolveriam, de fato, o problema da educação no Brasil?

Tendo em vista uma necessária adaptação de todos aos novos tempos, concordo que os tablets e smartphones podem ser transformados, sim, em importantes ferramentas educacionais, constituindo-se em um novo meio de ensino-aprendizagem: o aluno teria imediatamente a possibilidade de consultar vídeos interativos, animações e simuladores; disporia de atividades práticas, além de fotos, ilustrações e leitura de textos complementares; interagiria de modo imediato com professores, colegas etc. 


As editoras, juntamente com o livro impresso, dispõem agora do correspondente livro digital que pode ser acessado de qualquer lugar por meio das principais plataformas interativas. Livros impressos e digitais não são excludentes, mas se complementam, podendo proporcionar aos alunos um aprendizado mais amplo e significativo.

Percebendo que utilizar novas tecnologias de ensino não é uma tarefa fácil, algumas escolas estão criando comitês de alunos para discutir a melhor utilização de aplicativos que devem ser empregados como instrumentos no processo ensino-aprendizagem. Já em outros colégios, os comitês são formados por alunos, professores e pais, que discutem o mais adequado uso dos tablets e congêneres.

Enfim, tablets em geral são ferramentas que vieram para ficar. Auxiliam no trabalho docente e contam com o interesse dos estudantes. Todos nós – mestres e alunos – vivenciamos com entusiasmo essa nova era, caracterizada por alguns pensadores como a 3ª Revolução Industrial.

Aos mestres – antigos e novos professores –, resta apenas incorporar da maneira mais eficiente essas novas mídias aos tempos do ensino moderno.

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