Efeito Doppler
Borges e Nicolau
Johan Christian Andreas Doppler (1803-1853), físico austríaco explicou, em 1842, que quando uma fonte sonora aproxima-se ou afasta-se de um observador, a frequência percebida pelo observador é diferente da frequência emitida pela fonte. Durante a aproximação o som torna-se mais agudo e, ao afastar-se, mais grave. Este fenômeno foi denominado efeito Doppler.
Quando há aproximação entre a fonte sonora e o observador, a frequência ouvida é maior do que a emitida, pois o observador recebe um número maior de frentes de ondas na unidade de tempo.
Quando há afastamento entre a fonte sonora e o observador, a freqüência ouvida é menor do que a emitida, pois o observador recebe um número menor de frentes de ondas na unidade de tempo.
Para as ondas luminosas também ocorre o efeito Doppler. Para que o efeito seja perceptível é necessário que a velocidade relativa entre a fonte e o observador seja da ordem de grandeza da velocidade da luz. É o caso de estrelas ou galáxias que se afastam da Terra. Quando a fonte de luz está se afastando a frequência vista é menor do que a real emitida. Dizemos que houve um desvio Doppler para o vermelho (Doppler red shift). Quando a fonte de luz está se aproximando a frequência vista é maior do que a real emitida. Dizemos que houve um desvio no sentido contrário, para o azul (Doppler blue shift). Os astrônomos, por exemplo, concluem que uma estrela está realizando um movimento de rotação observando que de um lado a luz emitida desvia para o azul (e portanto está se aproximando) e o outro lado desvia para o vermelho (portanto está se afastando). A análise do espectro da luz emitida por um astro é um recurso usado nas medições de distâncias e velocidades em Astronomia e Astrofísica. O eminente astrônomo, Edwin Powell Hubble (1889-1953), fundamentou-se nestes estudos para afirmar: “O Universo está em expansão”.
O efeito Doppler para a luz foi explicado pelo físico francês Armand Hyppolyte Fizeau (1819-1896). Por isso o efeito Doppler é também denominado efeito Doppler-Fizeau.
Próxima Sexta: Efeito Meissner
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