Nestas semanas que antecedem o início dos Cursos do Blog, publicaremos alguns desafios propostos durante o ano letivo de 2016. Uma oportunidade para você relembrar tópicos importantes do programa.
Borges e Nicolau
Desafio 1:
Três termômetros graduados, respectivamente, nas escalas Fahrenheit, Celsius e Kelvin, denominados respectivamente primeiro, segundo e terceiro termômetros, são imersos num líquido contido num recipiente. A diferença entre as leituras do primeiro e segundo termômetro é igual à diferença entre as leituras do terceiro e do segundo termômetro. Quais são as leituras nos três termômetros?
Resolução:
θF - θC = T - θC => θF = TθC/5 = (θF - 32)/9 => θC/5 = (T - 32)/9 =>
θC/5 = (θC + 273 - 32)/9 =>
θC/5 = (θC + 241)/9 =>
9θC = 5θC + 1205 => θC = 301,25 °C
T = 301,25 + 273 => T = 574,25 K
θF = 574,25 °F
Desafio 2:
A escala Rankine, criada pelo engenheiro e físico escocês William John Macquorn Rankine (1820-1872), é também uma escala absoluta que adota como unidade o grau Rankine (°Ra), cuja extensão é igual à do grau Fahrenheit (°F) e que considera o zero absoluto como 0 °Ra.
Determine:
a) a temperatura do zero absoluto na escala Fahrenheit;
b) a relação entre a temperatura absoluta Rankine (TR) e a temperatura Fahrenheit correspondente (θF);
c) os valores das temperaturas correspondentes ao ponto do gelo e ao ponto do vapor na escala absoluta Rankine.
Resolução:
a)
(θF - 32)/9 = θC/5 => (θF - 32)/9 = -273/5 =>
5θF - 160 = -2457 => 5θF = - 2297 => θF = -459,4 °F
b)
Como a escala absoluta criada por Rankine adota como unidade o grau Rankine, cuja extensão é igual à do grau Farenheit, concluímos que uma variação de temperatura na escala Rankine é igual à correspondente variação na escala Farenheit. Assim:
ΔTR = ΔθF => TR - 0 °R = θF -(-459,4) => TR = θF + 459,4
c)
Para os pontos do gelo e do vapor na escala Rankine temos:
θF = 32 °F => TR = 491,4 °R
θF = 212 °F => TR = 671,4 °R%
Desafio 3:
O coeficiente de dilatação linear de um determinado material na escala Celsius é 2,7.10-5x°C-1. Na escala Fahrenheit, este coeficiente de dilatação linear, é igual a:
a) 1,2.10-5 °F-1
b) 1,5.10-5 °F-1
c) 1,8.10-5 °F-1
d) 2,1.10-5 °F-1
e) 2,4.10-5 °F-1
Resolução:
αC = ΔL/(L0.ΔθC) (1)αF = ΔL/(L0.ΔθF) (2)
(1)/(2)
αC/αF = ΔθF/ΔθC)
2,7.10-5/αF = 9/5 => αF = 1,5.10-5 °F-1
Resposta: b
Desafio 4:
O volume de um frasco de vidro, até certa marca do gargalo, é de 100,00 cm3. O frasco está cheio, até essa marca, com um líquido de coeficiente de dilatação volumétrica 1,5.10-3 °C-1. O coeficiente de dilatação linear do vidro é 2,0.10-5 °C-1. O frasco e o líquido estão inicialmente a 25 °C. A área da seção reta do gargalo é considerada constante e igual a 3,6 cm2.
Aquece-se o sistema que passa de 25 °C a 45 °C.
a) Responda e justifique, o nível do líquido sobe ou desce de um valor h no gargalo?
b) Qual é o valor de h?
Resolução:
a) Vamos calcular os volumes do líquido e do frasco, em virtude do aquecimento.
Vliq = V0.(1+γreal.Δθ)
Vliq = 100,00.(1+1,5.10-3.20)
Vliq = 130,00 cm3
Vf = V0.(1+3.αf.Δθ)
Vf = 100,00.(1+3.2,0.10-5.20)
Vf = 100,12 cm3
Observe que o líquido se dilata mais do que o frasco. Logo o nível do líquido no gargalo sobe.
b) Cálculo de h. O volume de líquido que sobe no gargalo é igual a:
ΔV = Vliq - Vf = 103,00cm3 - 100,12cm3 = 2,88cm3
ΔV = área da seção reta x altura
2,88 = 3,6h => h = 0,80 cm
Respostas: a) sobe; b) 0,80 cm
Desafio 5:
BTU (British Thermal Unit) é a quantidade de calor necessária para aquecer uma libra (1 lb) de água de um grau Fahrenheit (1°F), sob pressão normal.
Sabendo-se que 1 lb = 454 g e que o calor específico da água é igual a 1 cal/g.°C, prove que 1 BTU ≅ 252 cal.
Resolução:
ΔθC/5 = ΔθF/9 =ΔθC/5 = 1°F/9 = ΔθC = (5/9)°C
Q = m.c.Δθ => 1BTU = 454g.1cal/g.°C.(5/9)°C => 1BTU ≅ 252 cal
Resposta: 1BTU ≅ 252 cal
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