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sábado, 14 de agosto de 2010

Arte do Blog

Alexander Calder (22/7/1898, Lawnton, Estados Unidos - 11/11/1976, Nova York, Estados Unidos)
Móbile

Borges e Nicolau
"Certo dia eu conversava com Calder em seu ateliê quando um móbile, que até então estava parado, arremessou-se em minha direção, numa violenta agitação. Dei um passo para trás, me colocando fora de seu alcance. Mas, de repente, assim que essa agitação passou e ele parecia novamente morto, sua longa cauda majestosa, que não tinha se mexido, se pôs em movimento, devagar, como num lamento, e volteando pelos ares passou pelo meu nariz.

"Estas palavras exprimem o deslumbramento e a surpresa do filósofo Jean Paul Sartre diante de um móbile de Alexander Calder, obra fora do contexto estático das esculturas usuais.

Alexander Calder foi um dos mais criativos artistas do século XX. Suas esculturas cheias de cores e movimento intrigam, espantam, mas depois de decifradas produzem sorrisos de satisfação. São obras que não guardam simetria visual ou geométrica, fugindo do contexto artístico vigente desde a Grécia antiga, onde beleza e simetria são sinônimos. Como dizem os mestres, simetria implica num padrão. Quando você o identifica vem a agradável sensação de compreensão, entendimento. Esse sentimento é poderoso, a capacidade de entender as coisas torna a vida, aparentemente tão confusa, bem mais suportável.

Mas se a necessidade de ordem e beleza expressas pela simetria das formas é tão fundamental, por que os móbiles de Calder, literalmente assimétricos, tornaram-se tão populares?

Talvez a resposta a essa pergunta esteja ligada às Leis da Física. A obra de Calder é constituída por massas presas a hastes de comprimentos variados. Quem contempla um móbile colorido tem inicialmente a sensação de espanto que acometeu o filósofo Jean Paul Sartre. Depois de alguns instantes o conjunto de massas ligadas de forma aparentemente aleatória mostra a verdadeira face. Quando o cérebro desvenda o mistério vem à tona a beleza da Física aplicada com maestria. Equilíbrio e movimento. Arte na mais pura expressão do termo.

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