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sábado, 21 de janeiro de 2023

Mario Schenberg

 Mário Schenberg, físico, político e crítico de arte, nasceu em Recife, Pernambuco, no dia 2 de julho de 1914. 


Depois de realizar seus estudos secundários no Recife ingressou, em 1931, na Faculdade de Engenharia do Recife e, posteriormente, transferiu-se para São Paulo, completando seu curso de Engenharia Elétrica, em 1935, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, a Poli. Simultaneamente fez o Bacharelado em Matemática na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP, formando–se em 1936.


Mario Schenberg trabalhou em diversas áreas de Física, como de termodinâmica, mecânica quântica, mecânica estatística, relatividade geral e astrofísica. Foi também  assistente de Gleb Wataghin, tendo trabalhado com eminentes cientistas brasileiros como José Leite Lopes e César Lattes. 


Trabalhou em 1939 no Instituto de Física da Universidade de Roma, com o físico italiano Enrico Fermi, em Zurique com Wolfgang Pauli e em Paris com Frédéric Joliot-Curie. Em 1940 desenvolveu trabalhos conjuntos com o cientista russo George Gamow e, em 1941, com o cientista indiano Subrahmanyan Chandrasekhar que recebeu, em 1983, o premio Nobel de Física pelo seu estudo sobre a estrutura e evolução das estrelas. Voltou ao Brasil em 1942.


Em 1944, tornou-se  professor catedrático de Mecânica Racional na Universidade de São Paulo, onde permaneceu até 1948.


Até o ano de 1953, participou do grupo que estudava raios cósmicas, na Universidade de Bruxelas, do qual faziam parte Ilya Prigogine e Giuseppe Occhialini.


No período de 1953 a 1961 foi diretor do Departamento de Física da Universidade de São Paulo, onde construiu o Laboratório de Física do Estado Sólido. Presidiu a Sociedade Brasileira de Física de 1979 a 1981. 


Elegeu-se por duas vezes deputado estadual de São Paulo, pelo Partido Comunista Brasileiro, na constituinte de 1946 e pelo Partido Trabalhista Brasileiro em 1962. Na época do golpe militar foi cassado e preso sendo aposentado compulsoriamente pelo AI-5 em 1969. Com a abertura política retornou, em 1979, à Universidade de São Paulo.


Devido ao seu interesse por artes plásticas conviveu com inúmeros artistas brasileiros e estrangeiros como Di Cavalcanti, Lasar Segall, José Pancetti, Mário Gruber, Cândido Portinari, Bruno Giorgi, Marc Chagall e Pablo Picasso. Foi também crítico de artes.

Mario Schenberg faleceu no dia 10 de novembro de 1990, na cidade de São Paulo. 


Clique aqui e leia a entrevista que Mario Schenberg concedeu a Amélia Império Hamburger, do Instituto de Física da USP.

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