Abstrato - Óleo sobre tela
Burle Marx
Esse jardim foi reformado no início do século seguinte e se tornou um dos mais importantes centros de pesquisa em botânica da Europa. Foi lá, a mais de 10.000 km de sua casa no Rio de Janeiro, que o rapaz de 19 anos notou pela primeira vez a beleza das plantas tropicais e da flora brasileira.
No dia 4 de agosto, dia em que Burle Marx faria 102 anos, o Google homenageou o artista brasileiro
Burle Marx estudou na Escola Nacional de Belas Artes, onde ingressou em 1930, mas não concluiu o curso. Durante os anos 30 foi diretor do Departamento de Parques e Jardins de Pernambuco, onde ainda lidava com um trabalho de inspiração levemente eclético. Nesse cargo, fez uso intenso da vegetação nativa nacional e começou a ganhar certo renome, sendo convidado a projetar os jardins do Edifício Gustavo Capanema (então Ministério da Educação e da Saúde).
Sua participação na definição da Arquitetura Moderna Brasileira foi fundamental, tendo participado das equipes responsáveis por diversos projetos célebres. O terraço-jardim que projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco na ruptura do paisagismo brasileiro. Composto por vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim (com espaços contemplativos e de estar) possuía uma configuração inédita no país e no mundo.
Desde então, Burle Marx passou a trabalhar com uma linguagem bastante orgânica e evolutiva, identificada com vanguardas artísticas como, arte abstrata, concretismo, construtivismo, entre outras. As plantas baixas de seus projetos lembram, muitas vezes, telas abstratas das quais os espaços criados privilegiam a formação de recantos e caminhos através dos elementos da vegetação nativa.
Paisagismo de Burle Marx no Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais
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