Motivação e Aprendizagem
Prof. Nicolau Gilberto Ferraro
Estamos em janeiro de 2017. Vamos aproveitar bem esse restinho de férias, não é? No mês de fevereiro, porém, iniciaremos um novo ano letivo e se espera que seja bem produtivo, certo? Serão essenciais: prestar muita atenção às aulas, estudar e fazer as tarefas propostas. Rotinas estudantis...
Para orientar à moçada, vou reproduzir aqui, resumidamente, as posições defendidas por conceituados educadores em um debate sobre o tema.
Assistir aula x estudo em casa
Um dos professores colocou que ”assistir aula é um processo coletivo e passivo e o estudo em casa é um processo solitário e ativo”. Concluiu que “assistir meramente a uma aula não é estudar”.
Já outro educador ressaltou: “assistir a uma aula é de fato um processo coletivo, mas não passivo”, salientando que depende da postura do professor ao ministrar essa aula. Frisou que a função do professor é despertar a participação do aluno no processo ensino-aprendizagem. “O professor deve acompanhar o aprendizado, expondo o conteúdo num ritmo que leva em conta o tempo de raciocínio do aluno, sempre procurando fazer com que este tenha uma participação efetiva”. Realçou que “assistir aula e estudar em casa são atos que se complementam”.
Minhas considerações:
Assistir aula
É um processo coletivo e deve ser ativo. A aprendizagem torna-se ativa, isto é, o educando participa efetivamente da evolução cognitiva quando o professor:
• Prepara esmeradamente o conteúdo de sua aula.
• Expõe a matéria de forma clara, realçando os pontos importantes.
• Utiliza vídeos, sala multimídia, simulações em computadores e internet.
• Propõe temas de pesquisa e trabalhos interdisciplinares. As pesquisas sobre um determinado tema podem ser feitas em grupos. Cada grupo, utilizando fotos, cartazes, painéis ou vídeos, em data pré-estabelecida, apresenta o resultado do trabalho para a classe.
• Levanta e discute as hipóteses dos estudantes.
• Incentiva a participação e o debate entre os alunos e medeia a discussão.
Enfim, dentro das particularidades de sua disciplina, o professor pode transformar o aprendizado em sala de aula em um processo ativo em que a participação do aluno é efetiva e significativa.
A outra etapa do processo de compreensão e fixação é o estudo em casa. Este, realmente, deve ser solitário e sistemático.
O estudo em casa
Em primeiro lugar, o aluno precisa estabelecer um período diário de estudo que pode ser, por exemplo, de 3 a 4 horas com bom rendimento. Criar o hábito de estudo é fundamental!
Nesse período, o estudante deve revisar todos os conteúdos abordados em sala de aula e fazer as tarefas correspondentes. No sábado, recomenda-se que seja feita uma revisão de todo o conteúdo visto na semana. Desse modo, uma boa fórmula vem à mente: aula dada = aula estudada. Agindo-se dessa maneira o aluno já estará preparado para as provas semanais, mensais, para o ENEM e os vestibulares. Nunca se deve deixar que se acumulem conteúdos. Isso é fatal, especialmente em vésperas de provas.
Estudar não é somente ler um livro, um caderno de atividades ou uma apostila. Torne seu aprendizado ativo: grife os pontos mais importantes, anote, faça resumos, repita em voz alta e com suas palavras cada parte do texto. Procure formular perguntas. Dê pequenas pausas para refletir sobre o item que acaba de ser visto. Faça os exercícios para fixar a matéria de modo consistente. As dúvidas que porventura permaneçam devem ser anotadas e tiradas com o professor na próxima aula ou esclarecidas consultando-se outros livros e/ou a internet.
Como professor de Física, farei algumas considerações específicas sobre esta disciplina. Em primeiro lugar quero resaltar que estudar Física não é decorar fórmulas.
Ao estudar Física, procure entender a natureza do fenômeno físico e as grandezas nele envolvidas. Relacione a teoria e os conceitos com sua experiência vivencial. Numa última etapa, recorre-se à Matemática para, assim, sintetizar o estudo realizado. Entenda que a Matemática é uma ferramenta essencial que ajuda muito à Física, sistematizando a compreensão dos fenômenos.
Lembre-se: “O estudo torna-se mais significativo e eficaz quando feito individualmente, lendo-se e escrevendo-se os pontos principais e fazendo-se vários exercícios”.
Temos interesses que às vezes demoram muito a aparecer, isto é, a nos motivar. De uma prática árida de estudos pode emergir uma vocação. É a aprendizagem que facilita o despertar de nossa curiosidade.
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