O teleférico, em relação ao solo, possui energia potencial gravitacional.
Energia potencial Gravitacional e Elástica. Energia Mecânica
Borges e Nicolau
A energia potencial é a energia que um corpo possui devido à posição que ele ocupa em relação a um dado nível de referência. Vamos considerar aqui dois tipos de energia potencial: a energia potencial gravitacional e a energia potencial elástica.
Energia potencial gravitacional
Considere um corpo de massa m situado a uma altura h, em relação ao solo, num local em que a aceleração da gravidade é g.
Adotando-se, por exemplo, o solo como nível de referência (energia potencial nula), o trabalho do peso no deslocamento do corpo dessa posição até o solo, mede a energia potencial gravitacional do corpo:
EP = m.g.h
Energia potencial elástica
Consideremos um corpo preso a uma mola não deformada, de constante elástica k. Deslocando-se o corpo de sua posição de equilíbrio, distendendo ou comprimindo a mola, produzindo uma deformação x, o sistema corpo-mola armazena energia potencial elástica, dada pelo trabalho da força elástica no deslocamento x (da posição deformada para a posição não deformada, que é o nível de referência):
EP = k.x2/2
Energia Mecânica
A soma da energia cinética EC de um corpo com sua energia potencial EP , recebe o nome de Energia mecânica Emec:
Emec = EC + EP
Conservação da energia mecânica
Vamos considerar que os trabalhos realizados pelas forças que atuam num corpo ou num sistema de corpos transformem exclusivamente energia potencial em cinética ou vice-versa. Nestas condições, as forças do sistema são chamadas forças conservativas. É o caso do peso, da força elástica, da força eletrostática.
Sob ação de um sistema de forças conservativas ou de forças que realizam trabalho nulo, pode haver conversão entre as energias cinética e potencial, mas a energia mecânica permanece constante. É o princípio da Conservação da Energia Mecânica:
Sistema conservativo: Emec = EC + EP = constante
Animações para recordar o conteúdo sobre energia.
Clique aqui, aqui, aqui, e aqui
Exercícios básicos
Exercício 1:
Uma bolinha de massa 0,2 kg encontra-se no interior de um apartamento sobre uma mesa de 0,8 m de altura. O piso do apartamento encontra-se a 10 m do nível da rua. Considere g = 10 m/s2.
Calcule a energia potencial gravitacional da bolinha:
a) em relação ao piso do apartamento;
b) em relação ao nível da rua.
Resolução: clique aqui
Exercício 2:
Um bloco está preso a uma mola não deformada. Sob ação de uma força de intensidade F = 30 N a mola sofre uma compressão x = 0,1 m. Calcule:
a) a constante elástica da mola;
b) a energia potencial elástica armazenada pelo sistema.
Resolução: clique aqui
Exercício 3:
Uma esfera de massa m = 0,3 kg é lançada obliquamente do solo com velocidade v0 = 20 m/s, com ângulo de tiro θ = 60º. A altura máxima que a esfera atinge, em relação ao solo, é de 15 m. Despreze a resistência do ar e adote g = 10 m/s2.
Calcule para o ponto de altura máxima:
a) a energia cinética;
b) a energia potencial gravitacional, em relação ao solo;
c) a energia mecânica, em relação ao solo.
Resolução: clique aqui
Exercício 4:
Uma pequena esfera é lançada horizontalmente com velocidade v0 = 10 m/s de um local situado a 15 m do solo, suposto horizontal. Despreze a resistência do ar e adote g = 10 m/s2. Calcule a velocidade com que a esfera atinge o solo.
Resolução: clique aqui
Exercício 5:
Um bloco de massa m = 0,5 kg atinge uma mola com velocidade v = 4 m/s. Determine a deformação sofrida pela mola até o corpo parar. Despreze os atritos e considera a constante elástica da mola igual a 800 N/m.
Resolução: clique aqui
Exercícios de Revisão
Questões 1 e 2 (PUC)
Revisão/Ex 1:
A mola representada no esquema tem massa desprezível e constante elástica kx=x400xN/m e está comprimida de 0,08 m. O corpo nela encostado tem massa 1 kg. Num dado instante, solta-se o sistema.
Supondo que não haja atrito, podemos afirmar que há contato entre o corpo e a mola enquanto o corpo percorre:
a) zero.
b) 0,04 m.
c) 0,08 m.
d) 0,16 m.
e) 0,4 m.
Resolução: clique aqui
Revisão/Ex 2:
A velocidade do corpo quando cessa o contato entre a mola e o corpo é igual a:
a) zero.
b) 0,4 m/s.
c) 0,8 m/s.
d) 1,6 m/s.
e) 2,56 m/s
Resolução: clique aqui
Revisão/Ex 3:
(Cesgranrio)
Um corpo de massa igual a 2,0 kg é lançado verticalmente para cima, a partir do solo, com velocidade de 30 m/s. Desprezando-se a resistência do ar, adotando-se o solo como nível de referência para a medida da energia potencial e sendo gx=x10xm/s2, a razão entre a energia cinética e a energia potencial do corpo, respectivamente, quando este se encontra num ponto correspondente a um terço da altura máxima é:
a) 3.
b) 2.
c) 1.
d) 1/2.
e) 1/3.
Revisão/Ex 4:
(EsPCEx)
Um carrinho parte do repouso, do ponto mais alto de uma montanha-russa. Quando ele está a 10 m do solo, a sua velocidade é de 1 m/s. Desprezando todos os atritos e considerando a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, podemos afirmar que o carrinho partiu de uma altura de:
a) 10,05 m
b) 12,08 m
c) 15,04 m
d) 20,04 m
e) 21,02 m
Resolução: clique aqui
Revisão/Ex 5:
(ITA-SP)
Um bloco com massa de 0,20 kg, inicialmente em repouso, é derrubado de uma altura de h = 1,20 m sobre uma mola cuja constante de força é k = 19,6 N/m. Desprezando a massa da mola, adotando g = 9,8 m/s2, a distância máxima que a mola será comprimida é:
a) 0,24 m.
b) 0,32 m.
c) 0,48 m.
d) 0,54 m.
e) 0,60 m.
Resolução: clique aqui
n
Desafio:
Um pequeno bloco de massa m = 1,0 kg comprime uma mola M1, deformando-a de um valor x0 = 10 cm (situação inicial). Destravando-se a mola M1, o bloco é lançado verticalmente para cima e colide com outra mola M2, a qual sofre uma deformação máxima x = 20 cm (situação final). Sendo h = 1,0 m e k = 7,2.103 N/m a constante elástica da mola M1, determine a constante elástica k’ da mola M2. Despreze a resistência do ar e as perdas de energia mecânica.
A resolução será publicada na próxima segunda-feira.
Resolução do desafio anterior:
Um bloco de peso P = 10 N é abandonado do topo de um plano inclinado (ponto A) e atinge a base (ponto B) com velocidade de módulo vB. O coeficiente de atrito entre o bloco e o plano é μ = 0,50. Despreze a resistência do ar e considere g = 10 m/s².
a) Calcule a velocidade vB;
b) Qual é o módulo da velocidade v'B que o bloco deve ser lançado de B, para que atinja o ponto A com velocidade nula?
Resolução:
a)
Dados: sen θ = 3,0/5,0 e cos θ = 4,0/5,0
Fat = μ.FN = μ.PN = μ.P.cos θ => Fat = 0,50.10.(4,0/5,0) => Fat = 4,0 N
P.sen θ = 10.(3,0/5,0) => P.sen θ = 6,0 N
Teorema da energia cinética (TEC):
τresult = EC(final) - EC(inicial)
τPcos θ + τFat = m.(vB2/2) - 0
6,0.5,0 - 4,0.5,0 = 1,0.vB2/2
vB2 = 20 = 5.4 => vB = 2.(5)1/2 m/s
b)
Teorema da energia cinética (TEC):
τresult = EC(final) - EC(inicial)
τPcos θ + τFat = 0 - m.(v'B)2/2
-6,0.5,0 - 4,0.5,0 = -1,0.(v'B)2/2
(v'B)2= 100 => v'B = 10 m/s
a) vB = 2.(5)1/2 m/s
b) v'B = 10 m/s
(Ref.: 201602808577) Pontos: 0,0 / 0,1
ResponderExcluirUm projétil é disparado do solo com velocidade inicial de módulo v0 e ângulo de tiro θ0. Despreze a resistência do ar e considere nula a energia potencial gravitacional no solo. Para que no ponto mais alto da trajetória metade da energia mecânica total esteja sob a forma de energia potencial, o ângulo de tiro θ0 deve ser: