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domingo, 16 de janeiro de 2011

Arte do Blog


Panteão, arte em concreto

Borges e Nicolau
Imagine um cubo de 43 metros de aresta e inscreva nele uma esfera. Você acabou de imaginar a cúpula do Panteão de Roma, um dos edifícios mais impressionantes e engenhosos da antiguidade.

Impressionante pelo vão livre de 43 metros, respeitável até nossos dias, engenhoso pela forma como a cúpula foi erguida, utilizando opus cementicium, uma mistura de areia vulcânica com calcário e ladrilhos quebrados, um “ancestral” do cimento.


Sobre o Panteão assim escreveu Jerry Camarillo Dunn Jr., em artigo traduzido por HowStuffWorks Brasil (original aqui)

Com sua cúpula extraordinária, o Panteão está entre uma das grandes maravilhas arquitetônicas da Roma antiga. O prédio deve sua beleza e harmonia à sua pureza geométrica. Como uma laranja cortada na metade, a cúpula é um hemisfério. Entretanto, diferentemente de uma laranja partida ao meio, ela é perfeita. O diâmetro da cúpula é precisamente o mesmo de sua altura do chão, a aproximadamente 40 metros.


No centro da cúpula, um olho redondo se abre para o céu. Este oculus, um buraco que mede 8,3 metros, permite a entrada da luz do sol: a única fonte de iluminação do prédio. Em dias nublados e com chuva, o oculus revela efeitos especiais estranhamente belos no pedaço de céu que exibe.

O buraco parece conectar o Panteão ao céu e às estrelas - uma impressão adequada, já que ele foi dedicado às divindades planetárias de Roma. Terminado aproximadamente em 120 d.C., o Panteão foi, desta vez, dedicado como uma igreja cristã 500 anos depois. Isto ajudou, sem dúvida, a proteger o lugar e provavelmente explica porque ele é o prédio melhor preservado da Roma imperial.

As suas portas originais de bronze ainda estão lá, com seus 7,4 metros de altura. Nos tempos romanos, seu interior era ricamente decorado, os nichos tinham figuras de divindades, e uma estátua de Júpiter, o deus primário de Roma, ficava no centro, iluminada por uma coluna de luz vinda do oculus acima. A antiga cúpula é literalmente superlativa: a maior construção de concreto do mundo até o século XX (com 43 metros, ela bate a cúpula da Basílica de São Pedro em quase 2 metros). Mas onde esta estrutura toda é baseada? Não há arcos a mostra, porque eles foram embutidos nas paredes de 6 metros de grossura, aonde eles funcionam como suporte, e o peso da cúpula diminuiu ao se usar cofres decorativos ocos por dentro. Não há dúvidas de que o Panteão, um sobrevivente de um mundo há muito tempo banido, ainda inspira os arquitetos atuais.

Jerry Camarillo Dunn, Jr. , trabalhou com a Sociedade Geográfica Nacional por mais de 20 anos, começando como editor, escritor e colunista na revista Traveler, e depois escrevendo guias de viagem. Seu último trabalho na National Geographic Traveler: San Francisco. Dunn’s Smithsonian Guide to Historic America: The Rocky Mountain States vendeu mais de 100 mil cópias. Seus artigos de viagem aparecem em jornais como Chicago Tribune e The Boston Globe. As histórias de Jerry Dunn ganharam três Prêmios Lowell Thomas da Sociedade dos Escritores de Viagem Norte-americanos, a mais alta honra na área.

Um comentário:

  1. Realmente, uma obra extraordinária. Sua utilidade, entretanto, não justifica o custo. De construção alguma pode sair proteção para ninguém. Prova isso os templos que tem desabado e matado os que lá buscavam proteção.

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