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Glass House
Borges e Nicolau
Em 1949 o arquiteto Philip Cortelyou Johnson (1906-2005) projetou esta singular residência que segundo ele poderia ser chamada de "diário de um arquiteto excêntrico", mas ficou conhecida como "Glass House", literalmente casa de vidro.
A casa, cuja planta é retangular, tem paredes externas de vidro, cozinha aberta e, com exceção do banheiro e da lareira, não tem divisões internas. Apesar da controvérsia que despertou e continua despertando, a obra é considerada patrimônio da arquitetura moderna nos EUA.
O projeto redundou em uma obra de aspecto agradável, é impossível não ficar impressionado com o contraste entre a singeleza da proposta e o impacto visual do resultado.
Embora não tenha sido adotada como referência de projetos residenciais, tornou-se fonte de inspiração para arquitetos de agências bancárias.
Pensando no conforto térmico, podemos afirmar que esse tipo de arquitetura não é conveniente para regiões quentes e ensolaradas. O vidro é transparente à luz e às radiações infra-vermelhas de alta freqüência. A energia radiante que penetra através do vidro é absorvida pelos objetos existentes no interior da estrutura, sendo a seguir novamente irradiada. Entretanto, esta reemissão se dá sob a forma de radiação infra-vermelha de baixa freqüência, para a qual o vidro é opaco. Assim, o calor interno fica aprisionado, tornando a casa uma autêntica estufa.
Conclusão, manter a temperatura interna em padrões confortáveis demandaria a instalação de aparelhos de ar condicionado que consomem energia e têm alto custo.
A obra, por sua originalidade, é digna de figurar entre as mais significativas da arquitetura do século XX e poderia ser resumida na máxima, "less is more".
Uma caixa retangular de aço e vidro que desperta a curiosidade e aguça a sensibilidade de quem a contempla.
Uma verdadeira obra de arte
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