Objeto Cinético, Abraham Palatnik, Brasil, 1966, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Arte cinética
Borges e Nicolau
Quando pensamos em arte nos vem à cabeça a imagem de um quadro ou de uma escultura, pois embora haja muitas formas de manifestações artísticas essas modalidades tornaram-se as mais conhecidas. Pinturas e esculturas costumam ser estáticas, mas existem obras de arte que incorporam o movimento como princípio da estruturação.
Estamos falando de uma forma de arte contemporânea conhecida como arte cinética que ganhou notoriedade e tornou-se popular a ponto de influenciar manifestações culturais diversas como a editoração, a cenografia teatral e cinematográfica e a moda através da incorporação dos temas na estamparia de tecidos. O termo arte cinética remete à Física, ciência que atribui a um corpo em movimento uma grandeza conhecida como energia cinética que varia diretamente com o quadrado da velocidade do corpo.
A preocupação em representar o movimento vem da pré-história, quando a arte tinha concepção mágica. Os animais pintados nas cavernas, com maestria digna dos mestres renascentistas, tinham os movimentos retratados com a precisão de fotogramas seqüenciais de filmes.
Dentre os expoentes da arte cinética podemos destacar Alexander Calder como o maior. Criador de móbiles coloridos que se tornaram apreciados por multidões, tornou-se tão popular como costumam ser as estrelas da música pop. Victor Vasarely também ganhou notoriedade por suas obras singulares que exploraram a ilusão de óptica, colocando o movimento nos olhos do observador, segundo definição do próprio artista.
Para ilustrar o Arte do Blog escolhemos um trabalho do artista brasileiro, Abraham Palatnik (Natal, 19 de fevereiro de 1928) um dos pioneiros e considerado a maior referência em arte cinética no Brasil, criador de obras que contêm instalações elétricas que criam movimentos e jogos de luzes.
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