Arte do Blog
Nas últimas semanas apresentamos obras de artistas do movimento maneirista. Hoje iniciaremos uma série abordando o estilo rococó, que surge na Europa do século XVIII e, tendo a França como seu principal precursor, se espalha em vários países do Velho Mundo e alcança algumas regiões das Américas, como o Brasil. Para muitos historiadores da arte, o rococó pode ser visto como um desdobramento do barroco em que vários artistas passam a valorizar a função decorativa que a arte poderia exercer.
O embarque para Citera
Antoine Watteau
Jean-Antoine Watteau, mais conhecido como Antoine Watteau, nasceu em 10 de outubro de 1684, em Valenciennes, centro da região de Hainaut, recém-incorporada ao território francês pelas tropas de Luís XIV.
Estudos de três mulheres
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Suas primeiras pinturas se enquadravam na tradição flamenga, até que se mudou-se para Paris (1702) e ingressou no ateliê de Claude Gillot, cenógrafo teatral. Decepcionado por não conseguir êxito no Prêmio de Roma e decidiu então regressar a sua cidade natal (1709). No ano seguinte voltou para Paris, onde influenciado pela pintura italiana, obteve sucesso como pintor de cenas de caráter festivo, ao ar livre, protagonizadas por cortesãos, como no quadro que lhe daria fama definitiva, Pélerinage à l'ile de Cythère (1710-1712).
Pintou Paysage avec une chute (1714) e La perspective (1715) e conheceu (1715) um rico financista e entusiasta colecionador de artes, Pierre Crozat, que o levou para sua casa, colocando-o em contato com obras de artistas flamengos e italianos, como Correggio e Van Dyck. Depois de estudar os trabalhos do famoso colecionador, produziu várias de suas obras-primas, como La proposition embarassante (1715-1716) e Le Savoyard et sa marmotte (1716).
Le Enseigne de Gersaint (detalhe), 1720
Em 1719, Watteau, acometido de tuberculose, viajou para a Inglaterra em busca de um médico famoso, o dr. Mead. Mas o inverno severo desse país serviu apenas para agravar suas péssimas condições de saúde e, em 1720, Watteau já estava de volta a Paris. Talvez pressentindo o fim próximo, movimentava-se constantemente, sempre irrequieto, e, segundo se conta, ainda em Nogent, teria destruído algumas pinturas eróticas e começado a trabalhar num Cristo na Cruz. O amigo Gersaint o visitava com frequência e foi em seus braços que Watteau morreu, em 18 de julho de 1721, aos 37 anos. Jovem demais para um talento que ainda teria muito a expressar.
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